O presidente da Câmara Municipal de São Luis, Astro de Ogum (PR), recebeu, na manhã desta segunda-feira (20), uma comissão liderada pela presidente do Sindicato dos Professores do Município de São Luis, Elizabeth Castelo Branco e pelo presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais (Sinfusp), Francisco do Vale, com quem discutiu uma saída para o fim da greve dos educadores, que já dura mais de 90 dias, por não aceitarem a contraproposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura.
Já
as demais categorias não estão em greve, e sim reagindo ao percentual
de apenas 2% estabelecido pelo Município, cuja mensagem foi enviada ao
Legislativo Municipal. Astro de Ogum conversou demoradamente com os
professores e com os demais servidores, garantindo que a matéria não
entrará em pauta a até a próxima quarta-feira (22), quando os
professores estarão reunidos com representantes do Ministério Público.
Outras
categorias do funcionalismo municipal estão em estado de greve e
garantem que o movimento paredista deverá ser iniciado na próxima
quinta-feira (23), caso não haja uma solução para o impasse.
O
secretário de Assuntos Políticos do Município, ex-deputado Hélio
Soares, foi chamado pelo presidente Astro de Ogum, dialogou com as
categorias e disse que ele e o presidente da Câmara vão intermediar um
encontro entre representantes dos servidores e o prefeito Edivaldo
Holanda Júnior.
“2%
de aumento soa como um deboche, já que, com esse percentual, o auxiliar
administrativo da Prefeitura não chegará a receber sequer o salário
mínimo no próximo ano”, afirmou Francisco do Vale.
Já
os professores exigem reajuste de 11.36%, percentual estabelecido pelo
Ministério da Educação, enquanto a Prefeitura oferece uma contrapartida
de apenas 9.60%, dividido em duas parcelas e sem o retroativo.
PAIS CRITICAM GREVISTAS
Enquanto
os professores ocupavam a porta e o pátio da Câmara Municipal, nas
galerias da Câmara, pais de estudantes se concentraram para criticar os
professores, em função da greve, que eles consideram que prejudica mais
é os estudantes.
O
líder comunitário Daniel Vaz Abreu se mostrava bastante revoltado.
Falando em nome dos pais e responsáveis de estudantes, ele disse que
está faltando sensibilidade para os grevistas, que não estão se
importando com a classe estudantil.