Segundo os resultados publicados no Jornal of Ocupaccional Environmental Medicine e divulgados no jornal britânico Dally Mail,
indivíduos que trabalham semanalmente por 55 horas ou mais, ao longo de
uma década, apresentam 16% a mais de risco de sofrerem uma doença
cardiovascular. Para os trabalhadores que seguem uma jornada de 60 horas
ou mais, esse risco eleva-se a 35%.
Pesquisadores da Universidade do Texas, EUA,
analisaram dados de mais de 1.900 participantes em um estudo de longo
prazo sobre saúde e trabalho e afirmam que trabalhar por mais de 45
horas semanais aumenta o risco de doenças cardiovasculares e essa
propensão cresce a cada hora adicional.
O estudo
levou em consideração ocorrências como angina, doenças coronariana,
insuficiência cardíaca, infarto, derrame e hipertensão. A avaliação dos
riscos atingiu 43% dos indivíduos pesquisados, não variando entre os que
atuam em jornadas de trabalho de 40 e 45 horas semanais.
São
diversas as razões que levam muitas pessoas a trabalharem por mais de 8
horas diárias. A baixa remuneração é uma delas. Nesse caso, para
conseguirem melhores salários os trabalhadores acumulam funções ou até
mesmo horas extras dentro das empresas. Outras pessoas, acostumadas a um
volume excessivo de atividades, mesmo ao terminarem suas jornadas nos
escritórios, levam trabalhos para serem finalizados em casa.
Evitar
longas jornadas de trabalho é apenas uma das maneiras de reduzir os
riscos de doenças cardiovasculares. Realizar atividades físicas, manter
um hábito saudável de alimentação, não fazer uso excessivo de bebidas
alcoólicas, não fumar e administrar a ansiedade e o estresse proporciona
ao indivíduo o equilíbrio necessário para uma boa qualidade de vida,
administrando melhor o tempo e dividindo entre os dias, horas de
trabalho, lazer e descanso.