O ex-goleiro Bruno cumpre pena por participação no sequestro e
assassinato de Eliza Samudio em 2010. No presídio de Santa Luzia, na
região metropolitana de Belo Horizonte, o ex-jogador de 32 anos faz um
serviço como segurança interno e carrega as chaves da própria cela. As
informações são da revista Veja.
O
local tem apenas condenados que cumprem regime fechado, geralmente com
penas de pelo menos 18 anos de prisão. E quem vigia as galerias, celas e
portas são os próprios detentos. O local é administrado pela Associação
de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), organização
não-governamental, e foi construído em 2006.
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão. Ele passou por cadeias comuns e disse, à Veja, que os presídios no formato convencional "não recuperam ninguém".
—
A Apac é uma obra de Deus. Devolveu a minha dignidade, restituiu a
minha família, me deu o direito de voltar a sonhar, a recomeçar a minha
vida novamente, tudo aquilo que o sistema convencional me tirou —
afirmou.
Todos os 113 detentos do regime fechado participam de
oficinas nos pátios, enquanto os detentos do regime semiaberto fazem
oficinas e também cumprem as horas de trabalho fora da penitenciária. E
os relatos são que houve apenas um problema: uma fuga de seis detentos
em 2012, mas que logo foram recapturados.
Os presos não são remunerados para trabalhar e passam por exames toxicológicos regularmente.
Bruno
foi jogador profissional entre 2002 e 2010, com passagens por
Atlético-MG, Corinthians e Flamengo. Ele chegou a buscar judicialmente o
direito ao regime semiaberto para voltar a jogar, mas não foi liberado.