Agora falta pouco. Em pouco menos de um mês, mais de 5 milhões de estudantes farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
2018. Desde que passou a ser usado como critério de seleção de diversas
universidades públicas e privadas, além de ser requisito para programas
como o Sisu, o Prouni e o Fies, a prova se tornou o maior vestibular do
país.
Com toda a sua relevância, o Enem não é uma prova fácil. Com seus
dois dias de provas, 180 questões, e ainda uma redação, o exame é quase
uma maratona. Mas não há motivos para se desesperar. Para ajudar você a
enfrentar da melhor forma essa prova, separamos algumas dicas de como se
preparar para o exame. Confira as nossas dicas e boa sorte!
O estudo na reta final
O mais importante é saber organizar o seu tempo. Se até o Enem
teremos quatro semanas, é importante programar os estudos e definir
quais matérias vão ser estudadas em cada dia. Não adianta desperdiçar
tempo e esforços com aqueles tópicos nos quais sempre teve dificuldades,
assim como também não dá para focar só no que já domina. Qual é a
solução, então? Não há segredo: treinar. Nas próximas semanas, invista o
máximo em dominar a prova e o que ela espera de você. Veja abaixo o
passo a passo:
Resolva provas anteriores: Aproveite as últimas
semanas para refazer o máximo de provas antigas possível. “Como o Enem
apresenta uma matriz específica de competências e habilidades à qual os
conteúdos estão relacionados, as provas de cada ano têm um modelo
bastante parecido e os conteúdos mais cobrados sempre se repetem”,
explica a professora Ana Paula Dibbern, do cursinho Maximize.
Além disso, é a oportunidade de ver se, resolvendo os exercícios, você
acaba percebendo algum tema que ainda precisa ser revisado uma última
vez, ou algum tópico que precisa ser mais exercitado.
Escreva uma redação por semana: Ao pegar as provas
anteriores, separe as propostas de redação e reserve um tempo para fazer
pelo menos uma por semana. “É importante que a sua redação seja lida
por alguém, de preferência um professor que possa avaliar os critérios
cobrados pelo Enem para a redação”, avalia a professora. Procure sempre
ficar atento às cinco competências exigidas pelos corretores,
especialmente a proposta de intervenção, que pode ser uma pegadinha para os mais desavisados.
Elabore uma estratégia para a prova: O segredo é entender como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método usado na correção do Enem. Por este método, fica muito mais difícil chutar,
já que ele avalia a coerência da prova: se uma pessoa acerta muitas
questões consideradas difíceis e poucas fáceis, o sistema aponta que há
ali um problema (afinal, quem acerta as difíceis também acertaria as
fáceis) e tira pontos do candidato. Portanto, vale mais a pena dedicar-se a responder primeiro as questões fáceis,
depois as médias e depois as difíceis. Vale a pena fazer uma leitura
geral da prova, antes de começar, para avaliar quais dá para responder
na hora e quais devem ser deixadas para depois.
Outra boa escolha para a prova é checar o peso dado para cada área na
nota da universidade no Sisu ou no ProUni. “Há opções de curso em que a
redação tem peso 3, por exemplo. Assim, você pode avaliar por qual área
começar no grande dia”, explica Ana Paula Dibbern.
Como sempre, um dos focos principais é a redação, já
que uma boa nota nesta área pode puxar toda a sua média para cima.
“Reserve tempo suficiente e com certa folga para fazer o seu texto. Uma
boa opção é rascunhar a redação no início, resolver as questões de uma
das áreas, ou mesmo das duas, e então voltar ao texto. Se você começar a
prova um pouco nervoso, talvez seja melhor fazer parte das questões e
depois, mais calmo, fazer a redação. Teste essas opções ao fazer o
simulado com a prova anterior em casa”, diz a professora.
Observe suas fraquezas: Como falamos antes, durante a
resolução das provas antigas, você pode acabar se deparando com um
conteúdo ou outro que não esteja tão bem assimilado, além de checar como
ele está sendo cobrado pela prova. Essa é a melhor oportunidade para
observar suas fraquezas na prova, aquelas matérias com que você não se
deu tão bem durante o estudo. Mas lembre-se: não dá mais tempo de
assimilar profundamente algo novo. Se não aprendeu nada durante o ano
sobre aquilo, dificilmente vai adiantar, agora, se debruçar sobre o
assunto. Procure focar os esforços em matérias pouco solidificadas, mas
já apreendidas, e em outras que estão precisando de uns exercícios a
mais.
Os conteúdos que mais caem
Área | O que mais cai |
Ciências Humanas e suas Tecnologias | – Democracia e Estado (movimentos sociais e poderes) – Identidade nacional (cultura e patrimônio) – América colonial – Independência do Brasil – Século XX no Brasil (Ditadura e Era Vargas) – População, economia e transportes no Brasil – Urbanização e estrutura agrária – Problemas ambientais, climas e biomas |
Ciências da Natureza e suas Tecnologias | – Ecologia e problemas ambientais – Química orgânica – Genética e evolução – Dinâmica, ondas e eletricidade – Citologia, anatomia e fisiologia – Cálculos químicos – Materiais e ligações químicas |
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | – Interpretação de textos – Literatura (Modernismo, Romantismo e Realismo) – Tecnologias da informação – Diversidade e preconceito linguístico |
Matemática e suas Tecnologias | – Razão, proporção e regra de três – Geometria – Estatística e probabilidade – Aritmética básica – Equações do primeiro grau e funções |