Em entrevista ao Jornal Pequeno, Marco D’Eça destaca nova postura na Diretoria de Comunicação da Câmara de São Luís
Há pouco mais de 40 dias na chefia da Comunicação da Câmara Municipal de
São Luís, o jornalista Marco Aurélio D’Eça já se destaca entre os
colegas gestores por conseguir dar visibilidade midiática às ações da
gestão do vereador Osmar Filho e de toda a Casa. Com quase 30 anos de
experiência no jornalismo maranhense, Marco D’Eça fala da carreira, das
relações políticas, da imprensa maranhense e arrisca opinar sobre as
eleições 2022, nesta entrevista:
Jornal Pequeno – Com pouco mais de 40 dias à frente da Comunicação da
Câmara, a gente já começa a ver a notícia dos vereadores girar com maior
facilidade, a Câmara está mais presidente na mídia. Como ocorre?
Marco Aurélio D’Eça – Eu tive a sorte de chegar ao comando da
comunicação da Câmara Municipal no momento em que aquele Poder está se
renovando, sob a batuta do vereador Osmar Filho (PDT). A Casa tem hoje
maior participação no poder municipal, é de lá que saem as mais
importantes ações que repercutem na mídia. A Câmara vem se renovando há
dois anos, já tem o ISSO 9001, chamou concursados, implantou a Gestão de
Qualidade e deu nova cara aos trabalhos de plenário. Com toda essa gama
de coisas, há sempre material para trabalhar na mídia.
JP – Há chefes de comunicação de instituições com orçamento bem maior
que o seu e que não conseguem fazer a notícia girar na mídia como a
Câmara tem feito neste início de ano…
D’Eça – Eu entendo que um bom gestor de comunicação tem que ter passado
pela base profissional. Eu tive a honra de ser repórter e editor de
jornal, atuei em rádio e na TV. Criei uma relação muito boa com todos os
profissionais da minha área, mesmo aqueles com os quais não tinha
relação próxima.
Não se consegue fazer comunicação se a gente não tiver relação com
jornalistas. Não basta ser poderoso, ter relação com empresários, ser
dono de empresa de mídia, ter relações nacionais ou ser influente
culturalmente. Sem a base, não se anda. A realidade da comunicação no
Maranhão, hoje, impõe que se tenha relação não apenas com os grandes
jornais, mas também com o blogueiro pequeno, lá do interior.
Não basta falar em rádio tradicional; precisa também lidar com os
podcasts, os digitais influencers. Essa é a realidade da mídia hoje. É
isso que faz a notícia do seu assessorado chegar com ais facilidade na
ponta. Ignorar esta realidade é se perder como gestor de comunicação. Eu
tenho orgulho de ter essa relação com a base profissional, com os meus
colegas jornalistas, de todos os meios. Talvez isso ajuda na divulgação
das nossas ações na Câmara.
JP – Você passou anos no grupo Sarney, como editor do jornal O Estado do
Maranhão; agora tem ligações públicas com o senador Weverton Rocha.
Como se deu esta mudança?
D’Eça – Não houve mudança alguma. Eu trabalhei quase 25 anos no jornal O
Estado do Maranhão e hoje mantenho a mesma relação com meus antigos
colegas e com os proprietários da Casa. Sou amigo, admirador e eleitor
de Roseana Sarney.
Com Weverton Rocha a relação também é de amizade, muito antes de ele ter
mandato político. Foi meu deputado federal em 2010 e 2014. E um dos
meus senadores em 2018. Sou um jornalista político, e como tal, exerço a
política 24 horas por dia.
Meu cargo na Câmara, hoje, por exemplo, é um cargo político, não há
dúvida. E não ficarei triste se puder contemplar uma chapa que tenha, em
2022, não apenas Weverton Rocha, mas também Roseana Sarney. Já imaginou
esta possibilidade?
JP – Há ruídos na sua presença como diretor de comunicação da Câmara?
D’Eça – Nenhum. Nem com os vereadores, muito menos com a imprensa. Na
atual bancada tenho irmãos como Batista Matos e Marcial Lima, meus
colegas de profissão. Tenho amigos como Beto Castro, Doutor Gutemberg,
Astro de Ogum, Chico Carvalho, Umbelino Júnior. Entre os novos, conheço o
Otavio Soeiro desde a infância.
Aliás, o pai dele, Albino, me deu a primeira oportunidade no rádio
esportivo, em 1995, na Rádio Timbira. Na imprensa a mesma coisa: me
relaciono com os medalhões e com os novos talentos. Quando cheguei na
Diretoria de Comunicação, deixei claro à equipe: a comunicação é de
todos os vereadores. Vamos trabalhar por todos. E assim a gente vai
fazendo a notícia girar.